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segunda-feira, 25 de abril de 2011

A FALÊNCIA DO CAPITALISMO E A PÓS – MODERNIDADE.


Um mundo rápido e interligado, redução da miséria, paz, felicidade instantânea, direitos humanos e democracia, são algumas das promessas do capitalismo  e da pós – modernidade. O Capitalismo, porém, falhou miseravelmente e se mostra incapaz de realizar suas promessas.
Existe uma intensa elitização dos meios de comunicação no mundo, onde apenas valores de escassos pontos de vista, obviamente manipulados por grupos fechados, são expostos. A maioria da população no mundo não tem acesso à internet e muito menos espaço para expor sua opinião em qualquer meio de comunicação.
Dizem por aí, que só o mercado (amém) pode acabar com a miséria e a pobreza na terra, mas uma série de números pode nos mostrar o contrário. Hoje, em pleno século XXI, com uma população mundial girando em torno dos 6, 7 bi, vivemos ainda num mundo mais desigual. Cerca de 1, 2 Bi de pessoas vivem abaixo da linha da miséria, ou seja, não tem condições básicas de alimentação, moradia, saúde e educação. Outros 4 bi de seres humanos vivem na linha da miséria, com condições precárias de sobrevivência. Portanto, dos 6, 7 bi de pessoas, apenas 1,5 bi  contam com condições necessárias para viver, e dentro desse número se encontram os sujeitos mais ricos do mundo, que não devem chagar a 2 milhões. Agora, alguns dados podem deixar o debate mais interessante. Atualmente produzimos alimentos para mais de 12 bi de pessoas, logo, o dobro de nossa população mundial. Pergunto. Por que ainda há fome? Outra. Especialistas dizem que para se acabar com a fome no planeta seria necessária a soma de US$ 5 Bi. O mais interessante é que para acabar com a fome não tem dinheiro, mas para os bancos os EUA destinou US$ 13 Tri, pasmem são 13 trilhões de dólares, daria para acabar com a fome umas vinte seis vezes. Só o mercado pode acabar com a pobreza não é?
Guerra no Afeganistão, Iraque, Palestina, Israel, Líbano, guerras civis e Golpes de Estado. Por onde anda a paz? A busca insana por petróleo subjuga nações, destrói lares, sonhos, mata crianças, senhoras, mães, pais, arrasa sonhos e nos transforma em monstros sanguinários.
As pessoas voltaram a trabalhar mais de doze horas por dia, mas agora as fábricas do século XIX e inicio do século XX foram trocadas por imensos prédios, escritórios e a própria casa das pessoas. No aconchego do lar, no ônibus lotado fecham-se negócios, atendem-se clientes, no sítio em pleno fim de semana funcionários de bancos, empresas de publicidade, administradores e outros profissionais estão colados na Internet vendendo, negociando, tratando, fechando acordos e outras coisas mais. O celular comprado hoje não nos torna mais feliz amanhã ou depois. O ser humano precisa comprar algo para ser feliz e tornar-se um cidadão pleno com direitos e com alguma chance de sociabilidade. Se gasta cada vez mais, com coisas que se precisam cada vez menos e que se acabam em uma velocidade impressionante.
Lá atrás, em 1991, disseram que a história havia acabado. Todos os sonhos da esquerda, o socialismo a solidariedade haviam falhado. Essa falha do socialismo é gritada a todos os ventos, mas até agora muita gente não fala do fracasso absoluto do capitalismo, o fracasso para proporcionar as pessoas o fim da fome, a paz e a felicidade.

Durante anos, no modernismo, nossa sociedade teve como paradigma a razão, a idéia de que a ciência mudaria o mundo, acabaria com nossos problemas. Agora, em plena pós-modernidade, teremos de encontrar um novo paradigma. O mundo terá de optar pelo mercado financeiro (Amém) ou pela solidariedade. O primeiro já se mostrou falho e decadente. 


Por Regis Munhoz. 
Inpirado em Frei Betto